Tava aqui varrendo e tirando o
pó do blog quando achei um post escondido nos rascunhos e resolvi postar porque
eu realmente estou muito tchutchuca nessa foto que decidi por não postar por
motivos de me proteger de possíveis processos porque é um assunto delicado.
Então que chegou aquele
momento que maidiameno dia iria chegar (afogado em chororôs, manhas e dúvidas).
Acompanhem:
-Quero ficar com meu pai, mas
também quero ficar com você. Podemos morar todos juntos?
Ai meu miocárdio, como
responder sem derrapar na curva?
Sem sambar no molhado? Sem
engasgar com a noradrenalina?
Acontece que mês passado
fomos para praia e lá passamos um lindo e ensolarado domingo nesse modus operandi:
eu, ela, meu noivo (já contei que tô noiva? Não né? Então, tô noiva!) e meu
enteado. Até aí tudo normal né? Então, estavam também o pai da Lulu e a noiva
dele. Sim, todos debaixo do mesmo guarda sol e besuntados com o mesmo sundown.
Acho isso uma coisa ótima, a
convivência pacifica e amigável entre todos deve fazer muito bem pra criança,
mas talvez isso tenha dado um nozinho na cabeça da Lulu e ela encanou que
poderíamos viver numa florida aldeia hippie woodstokiana, cheias de pelos no
sovaco, onde jonh lennon tocaria Imagine
enquanto almoçávamos camarão na moranga ao molho de LSD e assim, viveríamos todos
juntos como uma grande família disfuncional.
Mas calma lá. Quando voltamos
à terra firme, cada um no seu quadrado, naturalmente.
Mas porquê, ela me pergunta. "Porquê TEM que ser assim, mãe?"
Ela adora o padrasto e a
madrasta. Ela adora os pais, claro (espero) e quer todos juntos, sempre. Natural.
E agora, lhes pergunto: como
fazer ela suportar a saudade de um ou de outro quando está longe e que isso é normal e que a
vida é complexa e injusta -na maioria das vezes- e que unicórnios cor-de-rosa
não existem?
Como, meu deus, explicar que
no futuro a mãe vai morar só com o tio Fer e o pai vai morar só com a tia Fer (a escolha dos respectivos noivos de codinome
Fer foi proposital pra não confundir mais a cabeça dela- brinc.) sem machucar
esse coraçãozinho puro e inocente? Hein? Como?
É, filha, crescer é doído e
às vezes bem doido também. Mas o bônus é que todos os envolvidos te amam e isso é bem legal.